Tesla we robot

Tesla we robot

Tesla we robot

Tesla revela 20 Cybercabs no evento We, Robot, diz que você poderá comprar um por menos de US$ 30.000

A Tesla finalmente revelou seu Cybercab, e parece um Cybertruck menor e mais elegante de dois lugares. E enquanto muitos esperavam que houvesse pelo menos um protótipo de um robotáxi sem volante ou pedais, o CEO da Tesla, Elon Musk, encantou seus fãs com uma linha de 20 veículos.

O chamativo evento "Nós, Robôs" aconteceu no estúdio Warner Bros. Discovery na quinta-feira. Antes de subir ao palco, Musk caminhou até um robotáxi, que abriu suas portas asa de gaivota, e fez uma pequena demonstração pelas ruas bem conservadas do estúdio de Hollywood.

Musk repetiu afirmações anteriores de que o custo do transporte autônomo será tão baixo que será semelhante ao "transporte de massa individualizado". Ele disse acreditar que o custo operacional médio do Cybercab será de cerca de US $ 0,20 por milha.

"E você poderá comprar um", disse Musk, acrescentando que o custo do veículo seria inferior a US$ 30.000.

Musk também observou que espera que a Tesla comece a fazer "FSD não supervisionado no Texas e na Califórnia no próximo ano" com o Modelo 3 e o Modelo Y. Ele reconheceu que está muito otimista sobre os cronogramas, mas disse que espera que o Cybercab esteja em produção até 2026 ou "antes de 2027".

O robotáxi também não possui um carregador plug-in e, em vez disso, possui "carregamento indutivo", que é uma espécie de carregamento sem fio, de acordo com Musk.

Robovan e Optimus

A Tesla revelou um Robovan surpresa no evento, um ônibus autônomo de aparência elegante que pode transportar até 20 pessoas e também transportar mercadorias. Nenhum cronograma foi revelado para este veículo - apenas um aceno de mão de um futuro que poderia "mudar a aparência das estradas".

Musk também apresentou cerca de uma dúzia de robôs humanóides Optimus, compartilhando sua visão de um futuro em que os robôs atuam como amigos e ajudantes pelo baixo preço de cerca de US$ 20.000 a US$ 30.000. Esses bots estavam andando entre os humanos no evento, dançando como dançarinos go-go e até misturando bebidas.

Eles também pareciam estar falando com os convidados e podiam fazer diferentes sotaques e personas de voz sob comando. Embora não esteja claro se essas capacidades e os movimentos dos bots estavam sendo controlados remotamente por um humano.

História e contexto do robotáxi

A Tesla estava originalmente programada para revelar seu Robotaxi ou Cybercab em agosto, mas atrasou a revelação depois que o executivo solicitou uma "importante mudança de design na frente".

A revelação do Robotaxi faz parte do esforço da Tesla para ir “balls to the wall for autonomy” este ano, depois de priorizar a produção de um EV de US$ 25.000 e demitir 10% da equipe, incluindo a maior parte da equipe de carregamento. Mas a visão de Musk de um futuro de direção autônoma está em jogo há anos e é uma grande parte da razão pela qual os investidores precificam as ações da Tesla não como uma montadora, mas como uma empresa de tecnologia. O protótipo Cybercab representa metade do conceito de negócios que Musk estabeleceu desde pelo menos 2019, em que a montadora administraria sua própria frota de robotáxis dedicados em um aplicativo de carona da Tesla, que a Tesla provocou durante sua teleconferência com investidores no primeiro trimestre.

Musk descreveu a outra metade da estratégia como semelhante ao Uber ou Airbnb, onde os proprietários da Tesla poderão adicionar seus veículos devidamente equipados ao aplicativo de carona da Tesla para ganhar dinheiro extra quando os carros não estiverem em uso, e a Tesla ficará com 25% a 30% da receita (semelhante à taxa de aceitação da App Store da Apple). Musk também disse que a Tesla projetou que os passeios de robotáxi custariam menos do que o transporte público, mas não disse quando.

"Em meados do próximo ano, teremos mais de um milhão de carros Tesla na estrada com hardware Full Self-Driving, recurso completo, em um nível de confiabilidade que consideraríamos que ninguém precisa prestar atenção, o que significa que você pode dormir", disse Musk no Dia da Autonomia de 2019 da Tesla. "Do nosso ponto de vista, se você avançar um ano, talvez um ano e três meses, mas no próximo ano, com certeza, teremos mais de um milhão de robotáxis na estrada. A frota acorda com uma atualização over-the-air. Isso é tudo o que é preciso." Isso, é claro, não aconteceu em 2020.

O software Full Self-Driving da Tesla, que está em centenas de milhares de veículos hoje, depende apenas de câmeras para perceber o ambiente ao seu redor. Especialistas do setor dizem que essa abordagem apenas de visão é a razão pela qual o software ainda não é totalmente autônomo, apesar do nome. O FSD pode realizar muitas tarefas de direção automatizada, mas ainda requer um humano ao volante para ficar atento e assumir o controle, se necessário.

Também não está claro se os Teslas existentes têm o hardware certo para chegar a esse futuro de direção autônoma que Musk vem prometendo há anos. Como Musk postou no X em julho, o aumento de aproximadamente 5x na contagem de parâmetros necessários para alimentar a IA de próxima geração da Tesla "é muito difícil de alcançar sem atualizar o computador de inferência do veículo".

Independentemente disso, se a Tesla quiser comercializar a direção autônoma de nível 4 – o que significa que o veículo pode dirigir sozinho sob certas condições sem precisar de um humano para assumir o controle – ela precisará provar o caso de segurança. A Tesla está sob inúmeras investigações federais por acidentes fatais que aconteceram enquanto o Autopilot, o sistema avançado de assistência ao motorista de nível inferior da Tesla, estava em vigor. A Califórnia tem o processo de licenciamento mais rigoroso para teste e implantação de veículos autônomos, mas na maioria dos outros estados, a Tesla teria que mostrar, no mínimo, que seus veículos são capazes de se encostar com segurança.

Depois, há a questão da falta de volantes ou pedais do Cybercab, o que o colocaria fora de conformidade com as leis federais de segurança veicular. A Cruise da GM já havia tentado colocar seu robotáxi em produção, o Origin, mas não conseguiu obter as aprovações necessárias da Administração Nacional de Tráfego e Segurança Rodoviária antes de descartar o projeto.